quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O que será de nós?

SÃO PAULO - Acabou o ano do Palmeiras. A derrota diante do Goiás no Pacaembu foi classificada como vexatória pelo próprio técnico Luiz Felipe Scolari. O treinador esperava conquistar o título da Copa Sul-Americana para ganhar uma vaga na Libertadores e assim montar uma equipe forte para 2011. Com a queda, Felipão agora terá de juntar os cacos e mudar tudo.

Paulo Whitaker/Reuters
Felipão também terá de discutir seu futuro no time alviverde.
O principal problema de Felipão é não saber o que será da vida do Palmeiras. O clube passará por eleições em janeiro. Luiz Gonzaga Belluzzo deve retornar ao cargo nesta quinta-feira no lugar de Salvador Hugo Palaia. A situação está rachada com a saída de do vice-presidente Gilberto Cipullo. Belluzzo terá poucos dias para tentar uma reconciliação.

Felipão também terá de discutir o seu futuro. Com salário elevado para os padrões do Palmeiras, o treinador pode até sair dependendo do novo presidente. O que conta como favorável é a história que ele tem dentro do clube. Muitos jogadores que atuaram diante do Goiás não devem continuar.
"Não adianta eu pensar nos jogos seguintes [contra Fluminense e Cruzeiro]", afirma Felipão. "Tenho de pensar é nas coisas que aconteceram diante do Goiás. A torcida tem razão em criticar. Ficamos triste pela eliminação. Eu assumo toda a responsabilidade pela derrota e vou trabalhar para acertar as coisas."
Um dos nomes sonhados por Felipão era o de Rafael Moura, atacante do Goiás. Ele, contudo, não deve mais chegar. "Eu tinha contato do Palmeiras e do Cruzeiro para disputar a Libertadores no ano que vem. Mas como o Palmeiras perdeu da gente [Goiás] e está fora, agora eu terei de repensar", afirma o atacante, ex-Corinthians.
O Palmeiras não realizará trabalhos nesta quinta-feira. Os jogadores voltam às atividades nesta sexta, mas os titulares podem até ganhar folga antecipada. Felipão tem grandes chances de escalar os reservas neste domingo diante do Fluminense - o time carioca briga com Corinthians e Cruzeiro pelo título do Brasileirão.
"Não sei se devemos escalar os reservas ou os titulares diante do Fluminense", afirma o zagueiro Danilo. "Não vamos sair da 10.ª posição no Brasileirão, então não temos mais nada para fazer. Nosso principal objetivo era ganhar a Copa Sul-Americana para disputar a Libertadores, mas isso infelizmente não aconteceu."
Danilo espera uma pressão ainda maior da torcida para 2011. "O Palmeiras não ganha títulos há muito tempo. E isso pesa bastante. Quem ficar aqui vai ter de suportar isso. A gente vai ter de carregar uma pressão muito grande. O que os jogadores precisam evitar agora é dar declarações fortes para não criar polêmicas."
Um dos principais jogadores do Palmeiras, Marcos Assunção tem vínculo até o meio do ano que vem, mas conversa para renovar até 2012. "Vamos voltar ao trabalho na sexta-feira e procurar descansar até lá. Essas coisas [renovação] a gente conversa com a diretoria. Estou machucado com a derrota, e vai doer ainda mais."

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